Fisiologia Reprodutiva
Anatomia Fisiológica dos órgãos sexuais masculinos
Imagem: Fisiologia - Guyton - Página 997
O testículo é composto por até 900 túbulos seminíferos enrolados, onde é
formado o esperma; cada um tem, em média, mais de metro de comprimento.
O esperma, então, é despejado no epidídimo, outro tubo enrolado de
aproximadamente 6 metros de comprimento. O epidídimo conduz ao canal
deferente, que se alarga na ampola do canal deferente imediatamente antes
de o canal entrar no corpo da glândula prostática.
Duas vesículas seminais, uma de cada lado da próstata, desembocam na
terminação prostática da ampola, e os conteúdos tanta da ampola como das
vesículas seminais passam para o ducto ejaculatório, são conduzidos através
do corpo da glândula prostática e, então, deságuam na uretra interna. Os
ductos prostáticos recebem o conteúdo da glândula prostática e o conduzem
para o ducto ejaculatório, e deste para a uretra prostática.
A uretra é o último elo de conexão dos testículos com o exterior. A uretra
possui muco proveniente de um grande número de pequenas glândulas
uretrais localizadas em toda a sua extensão, e, em maior quantidade, das
glândulas bulbouretrais, localizadas próximo da origem da uretra.
O Epidídimo é um órgão em forma de vírgula, que se aloja ao longo da margem posterior dos testículos, e consiste, principalmente, de um tubo fortemente espiralado, chamado de ducto epididimal. O ducto do epidídimo é o local da maturação dos espermatozóides. Durante o período de 10 a 14 dias, sua mobilidade aumenta. O ducto do epidídimo também armazena os espermatozóides por até um mês ou mais; após esse período, são expelidos ou reabsorvidos.
Ducto Deferente: À medida que o ducto do epidídimo se torna menos convoluto e seu diâmetro aumenta, ele passa a ser chamado de ducto deferente. O ducto deferente ascende ao longo da margem posterior dos testículos, penetra no canal inguinal, e entra na cavidade pélvica, onde se curva lateralmente e para baixo da superfície posterior da bexiga urinária. O ducto deferente apresenta uma túnica com 3 camadas musculares. Ele armazena os espermatozóides por muitos meses, propelindo-os em direção a uretra durante a ejaculação, através das contrações peristálticas de sua túnica muscular. Os espermatozóides que não forem ejaculados são reabsorvidos.
Espermatogênese
Imagem: Fisiologia - Guyton - Página 998
A espermatogônia inicia as divisões mitóticas na puberdade, proliferando-se
e diferenciando-se continuamente através de estágios definidos de
desenvolvimento para formar o esperma.
A espermatogênese ocorre nos túbulos seminíferos durante a vida sexual
ativa, como resultado da estimulação pelos hormônios gonadotrópicos da
glândula hipófise anterior.
Formação do Esperma
Imagem: Fisiologia - Guyton - Página 998
Quando as espermátides são formadas inicialmente, elas ainda apresentam
as características usuais de células epitélioides, mas começam a se
diferenciar rapidamente e se alongam formando os espermatozoides. Cada
espermatozoide é composto de uma cabeça e uma cauda, na cabeça
encontra-se o núcleo condensado da célula, com apenas a membrana
plasmática e uma camada citoplasmática fina envolvendo suas superfície. Na
parte externa dos dois terços anteriores da cabeça encontra-se um puz
espesso, chamado acrossomo, que é formado principalmente pelo aparelho
golgi. A cauda do esperma é chamada de flagelo. O movimento de vaivém da
cauda fornece mobilidade ao esperma.
O esperma normal se move em um meio líquido com uma velocidade de 1 a
4 mm/min. Isto faz com que ele se mova através do trato genital feminino em
busca do óvulo.
Função da próstata
A próstata secreta um líquido fino, leitoso, que contém cálcio, íon citrato, íon
fosfato, uma enzima de coagulação e uma pró-fibrinolisina. O líquido
prostático ligeiramente alcalino ajuda a neutralizar a acidez dos outros
líquidos seminais durante a ejaculação, e, assim, aumenta a mobilidade e
fertilidade do espermatozoide.
Glândulas Bulbo Uretrais ou de Cowper:
Sua secreção transparente é lançada dentro da uretra para limpá-la e preparar a passagem dos espermatozóides. Também tem função na lubrificação do pênis durante o ato sexual.
Pênis
É considerado o
principal órgão do aparelho sexual masculino, sendo formado por dois tipos de
tecidos cilíndricos: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso (envolve e
protege a uretra). Na extremidade do pênis encontra-se a glande - cabeça
do pênis, onde podemos visualizar a abertura da uretra. Com a manipulação da
pele que a envolve - o prepúcio - acompanhado de estímulo erótico,
ocorre a inundação dos corpos cavernosos e esponjoso, com sangue, tornando-se
rijo, com considerável aumento do tamanho (ereção). O prepúcio deve ser puxado
e higienizado a fim de se retirar dele o esmegma (uma secreção sebácea espessa
e esbranquiçada, com forte odor, que consiste principalmente em células
epiteliais descamadas que se acumulam debaixo do prepúcio). Quando a glande não
consegue ser exposta devido ao estreitamento do prepúcio, diz-se que a pessoa
tem fimose.
Sêmen
O sêmen que é ejaculado durante o ato sexual masculino é composto do
líquido e espermatozoides do canal deferente, líquido das vesículas seminais,
líquido da próstata, e pequenas quantidades de líquido das glândulas
mucosas, especialmente das glândulas bulbouretrais. Assim, a maior parte
do sêmen é composta de líquido da vesícula seminal, que é o último a ser
ejaculado e serve para arrastar os espermatozoides através do ducto
ejaculatório e da uretra.
A uretra é comumente um canal destinado para a urina, mas os músculos na entrada da bexiga se contraem durante a ereção para que nenhuma urina entre no sêmen e nenhum sêmen entre na bexiga. Todos os espermatozóides não ejaculados são reabsorvidos pelo corpo dentro de algum tempo.
Saco Escrotal ou Bolsa Escrotal
ou Escroto:
Um espermatozóide leva cerca de 70 dias para ser
produzido. Eles não podem se desenvolver adequadamente na temperatura normal do
corpo (36,5°C). Assim, os testículos se localizam na parte externa do corpo,
dentro da bolsa escrotal, que tem a função de termorregulação (aproximam
ou afastam os testículos do corpo), mantendo-os a uma temperatura geralmente em
torno de 1 a 3 °C abaixo da corporal.
Testosterona e outros hormônios sexuais masculinos
Os testículos secretam muitos hormônios sexuais masculinos que são
chamados coletivamente de androgênios, incluindo a testosterona,
diidrotestosterona e androstenediona. A testosterona é mais abundante do
que os outros, às vezes considerada com o hormônio testicular mais
importante, a maioria da testosterona é eventualmente convertida, nos
tecidos-alvo, no hormônio mais ativo, a diidrtestosterona. A testosterona é
responsável pelas características que diferenciam o corpo masculino.
A testosterona
é o principal hormônio androgênico, produzido naturalmente pelo organismo nas
células de Leydig, nos testículos. Essa produção e secreção é
regulada pelo hormônio luteinizante (LH) e apresenta pulsos em seus níveis
plasmáticos no sangue.
É responsável
pelas características sexuais masculinas, embora seja produzido nos dois sexos,
o homem apresenta cerca de trinta vezes mais
testosterona que a mulher. Ela também estimula a utilização de gordura pelo
organismo.
Síntese
e secreção
O
hormônio luteinizante estimula a secreção de testosterona pelas células de
Leydig, efeito importante para a
espermatogênese. O LH é produzido pela adeno-hipófise.
A deficiência
de testosterona em meninos pode afetar o desenvolvimento das características
sexuais secundárias ou simplesmente não
ocorrer. Essas caracterísricas envolvem músculos, pêlos pubianos, crescimento
do pênis e dos testículos, engrossamento da
voz, crescimento de barba, etc. Durante a gestação, essa deficiência prejudica
a diferenciação sexual do feto, que é promovida pela testosterona,
podendo o menino (XY) nascer com características sexuais femininas.
A
produção de testosterona é maior no período da mannhã, por volta das 8 horas,
que no período noturno.
Função
O
comportamento sexual masculino depende da
testosterona. Ela também aumenta o desejo sexual.
Os
níveis mais altos de testosterona acontecem por volta dos 17 anos de idade, e
após 30 anos de idade, esses níveis começam ter uma queda de 0,5 a 1% a cada
ano, reduzindo assim a libido, a massa óssea, aumentando o risco de fraturas,
além de diminuir a massa muscular.
Além
de estimular a libido, estimula a agressividade.
A
testosterona está relacionada com o aumento de massa muscular pois aumenta o
metabolismo de gorduras, produzindo energia.
A deficiência de
testosterona ocasiona perda de massa muscular e óssea, força, perda de libido e
armazenamento de gordura.
Vasectomia
http://eduardolopes.med.br/adm_suporte/uploads/editor/VASECTOMIA1312228364.jpg
A vasectomia
é o modo de esterilização mais eficiente que se conhece. Ela é feita em
consultório médico após a aplicação de uma anestesia local. Realiza-se uma
incisão em cada saco escrotal para a localização dos canais deferentes.
Em seguida eles são cortados e realizados todos os procedimentos
pós-cirúrgicos. Depois de 1 a 2 meses o homem pode se considerar estéril.
Anatomia Fisiológica dos órgãos sexuais femininos
Imagem: Fisiologia - Guyton - Página 1012
Os principais órgãos do aparelho reprodutor feminino humano, são os
ovários, as trompas de falópio, o útero e a vagina. A reprodução começa com
o desenvolvimento dos óvulos nos ovários. No meio de cada ciclo sexual
mensal, um único óvulo é expelido de um folículo ovariano para a cavidade
abdominal próxima das aberturas fimbriadas das duas trompas de falópio até
o útero, onde se desenvolve em um feto, uma placenta e membranas fetais e,
por fim, em um bebê.
Sistema hormonal feminino
Imagem: Fisiologia - Guyton - Página 1013
O sistema hormonal feminino, consiste em três hierarquias de hormônios:
-
1- Um hormônio de liberação hipotalâmica, o hormônio liberador de
gonadotropina.
-
2- Os hormônios sexuais hipofisários anteriores, o hormônio folículo-
estimulante e o hormônio luteinizante, ambos secretados em resposta
à liberação de GnRH do hipotálamo.
3- Os hormônios ovarianos, estrogênio e progesterona, que são
secretados pelos ovários em resposta a dois hormônios sexuais
femininos da hipófise anterior.
Os anos reprodutivos normais da mulher caracterizam-se por mudanças
rítmicas mensais nas taxas de secreção dos hormônios femininos e
correspondem a mudanças nos ovários e em outros órgãos sexuais. Este
padrão rítmico é denominado ciclo sexual mensal feminino. O ciclo dura em
média 28 dias. Apenas um único óvulo normalmente é liberado dos ovários a
cada mês, de maneira que normalmente apenas um único feto por vez
começará a crescer. O endométrio uterino é preparado com antecedência
para a implantação do óvulo fertilizado no determinado momento do mês.
Hormônios ovarianos
Os dois tipos de hormônios sexuais ovarianos são os estrogênios e as
profestinas. Os estrogênios promovem essencialmente a proliferação e o
crescimento de células específicas no corpo responsáveis pelo
desenvolvimento da maioria das características sexuais secundárias da
mulher. As progestinas atuam basicamente preparando o útero para a
gravidez e mamas para a lactação.
Hormônios
reprodutivos do SNC
a) GnRH (hormônio liberador de
gonadotrofina): é um decapeptídeo produzido por
neurônios cujos corpos celulares estão localizados principalmente no núcleo
arqueado do hipotálamo. Esses neurônios projetam axônios que terminam nos vasos
porta na eminência mediana, onde o GnRH é secretado para ser transportado até a
hipófise anterior.
O
gene que codifica o GnRH produz uma proteína precursora de 92 aminoácidos,
contendo não apenas o decapeptídeo GnRH, mas também um peptídeos de 56
aminoácidos associado ao GnRH, ou GAR. O GAR estimula a liberação de
gonadotrofinas e inibe a secreção de prolactina (PRL).
Forma
de secreção do GnRH: o GnRH deve ser secretado de forma
pulsátil. Quando o hormônio é secretado de forma contínua ocorre um fenômeno
denominado “modulação negativa”, no qual o número de receptores de GnRH
dos gonadotrofos é reduzido. No entanto, quando ocorre a secreção pulsátil o
fenômeno de “modulação positiva” predomina aumentando o número de receptores.
A
secreção pulsátil é uma propriedade intrínseca ao hipotálamo e deve ser
contínua, pois o GnRH tem uma meia vida muito curta (4 minutos).
Ocorre
ainda, uma variação da secreção pulsátil de GnRH ao longo das fases do ciclo
menstrual: 1) a fase folicular é caracterizada por pulsos frequentes, de
pequena amplitude, no final desta fase ocorre aumento da frequência e da
amplitude dos pulsos, 2) durante a fase lútea, porém, há aumento progressivo do
intervalo entre os pulsos. A amplitude é maior que a da fase folicular, mas diminui
progressivamente no período de 2 semanas.
Essa
variação na frequência de pulso permite a variação do LH e do FSH durante o
ciclo menstrual. Abaixo segue um exemplo do que ocorre ao final da fase lútea:
http://unifenasresumida.blogspot.com.br/2012/04/gt1-ciclo-menstrual.html
Opióides
endógenos e seus efeitos sobre a secreção de GnRH: opióides
endógenos são três famílias relacionadas a substância naturais produzidas no
SNC que representam os ligantes naturais para os receptores dos opióides. As
classes de opióides endógenos são: 1) endorfinas, 2) encefalinas e 3) dinorfinas.
Sabe-se
que as endorfinas tem um importante papel em inibir a liberação de GnRH no
hipotálamo, resultando na inibição da secreção de gonadotrofinas. Os esteroides
sexuais ovarianos, por sua vez, podem aumentar a secreção de endorfinas
reduzindo ainda mais os níveis de gonadotrofinas.
Os
níveis de endorfina variam muito durante todo o ciclo menstrual, com níveis
máximos na fase lútea e um nível mínimo durante a menstruação. A disforia
experimentada por algumas mulheres na fase pré-menstrual do ciclo pode estar
associada a uma abstinência de opiáceos endógenos. Essa fase é conhecida como
tensão pré-menstrual (TPM).
b) Gonadotrofinas (FSH e LH): são
produzidas pelos gonadotrofos da hipófise anterior e são responsáveis pela
estimulação folicular ovariana. O FSH e o LH possuem estrutura semelhante
igualando-se na sua subunidade α e diferindo na subunidade β, que conferem
especificidade ao receptor.
Ciclo
menstrual normal
Um
ciclo menstruação normal dura de 21 a 35 dias, com dois a seis dias de fluxo e
perda sanguínea média de 20 a 60 ml.
O
ciclo menstrual humano normal pode ser dividido em duas partes: 1) ciclo
ovariano e 2) ciclo uterino.
a) Ciclo ovariano: o
ciclo ovariano é subdivido em: 1) fase folicular e 2) fase lútea. A primeira é
caracterizada por um feedback hormonal que promove o desenvolvimento
ordenado de um único folículo dominante que deve estar maduro no meio do ciclo
e preparado para a ovulação. A duração média da fase folicular humana varia de
10 a 14 dias. A fase lútea, por sua vez, corresponde a período desde a ovulação
até o inicio da menstruação, com duração média de 14 dias.
Variações
hormonais
1) Inicio do ciclo menstrual normal: níveis
baixos de esteroides gonadais que vem diminuindo desde o fim da fase lútea
anterior.
2) O desaparecimento do corpo lúteo marca o
inicio da elevação do FSH levando a um recrutamento de um grupo de folículos em
crescimento. Cada um desses folículos secreta níveis razoáveis de estrogênio, à
medida que crescem durante a fase folicular. Por sua vez, o estrogênio estimula
a proliferação do endométrio.
3) Níveis crescentes de estrogênio produzem
feedback negativo sobre a secreção hipofisária de FSH, que começa a
diminuir no meio da fase folicular. Alem disso, os folículos em crescimento
produzem inibina – B, que também suprime a secreção de FSH pela hipófise.
4) No fim da fase folicular (logo antes da
ovulação), há receptores para LH induzidos pelo FSH nas células granulosas e,
com estimulação do LH, modulam a secreção de progesterona.
5) Após um grau suficiente de estimulação
estrogênica, é deflagrado o pico hipofisário de LH, que é a causa imediata da
ovulação que ocorre 24 a 36 horas depois. A ovulação anuncia a transição para a
fase lútea-secretora.
OBS1
: normalmente sabemos que o estradiol (principal
estrogênio) causa um efeito feedback negativo na liberação tanto de LH
como de FSH pela adenohipófise. No entanto, por motivos ainda não conhecidos o
estradiol no período próximo à ovulação inverte este feedback de
negativo para fortemente positivo o que origina este pico abrupto de LH.
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6) O nível de estrogênio diminui no inicio
da fase lútea, quando começa a aumentar novamente em virtude da secreção do
corpo lúteo. Da mesma forma a inibina – A é produzida pelo corpo lúteo.
7) Os níveis de progesterona aumentam
subtamente após a ovulação.
8) A progesterona, o estrogênio e a
inibina-A atuam em nível central para suprimir a secreção de gonadotrofinas e o
crescimento de nvos folículos. Esses hormônios permanecem elevados durante toda
a vida do corpo lúteo e depois diminuem com sua extinção, assim estabelecendo o
estágio para o próximo ciclo.
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Útero
– alterações cíclicas do endométrio
Os
dois terços superficiais do endométrio são a zona que prolifera, sendo
finalmente eliminada a cada ciclo se não houver gravidez. Esta porção do
endométrio é conhecida como decídua funcional e é formada por uma zona
intermediária profunda (estrato esponjoso) e uma zona compacta superficial
(estrato compacto). A decídua basal é a região mais profunda do endométrio que,
não apresenta proliferação mensal significativa, mas é fonte de regeneração
endometrial após cada menstruação.
a) Fase proliferativa: por
convenção o primeiro dia do sangramento vaginal é denominado o primeiro dia do
ciclo menstrual. A fase proliferativa é caracterizada por crescimento mitótico
progressivo da decídua funcional diante das quantidades crescentes de
estrogênio. Histologicamente, nesta fase, as glândulas endometriais
inicialmente retas, estreitas e curtas são transformadas em glândulas mais
longas e tortuosas. Seu padrão colunar baixo migra para um padrão
pseudo-estratificado, sendo que, isso ocorre antes da ovulação.
b) Fase secretora: nesta
fase a progesterona irá ter atuação predominante e efeito antagonista de
estrogênio, o que reduzirá o numero de receptores de estrogênio nas células
endometriais. Isso ocasionará uma diminuição da mitose celular induzida pelo
estrogênio. Nesta fase ocorre a nítida presença de produtos secretores ricos em
proteína eosinofílica na luz glandular.
O
estroma da fase secretora permanece inalterado até aproximadamente o 7 dia pós
ovulação onde ocorre um aumento progressivo de edema.
c) Menstruação: na
ausência de implantação a secreção glandular cessa e ocorre uma decomposição
irregular da decídua funcional. O resultado é a eliminação dessa cama em um
processo denominado menstruação. A causa presumida é a involução do corpo lúteo
para corpo albicans com queda na produção de estrogênio e progesterona. A falta
destes hormônios causa um forte espasmo da artéria espiral que causa isquemia
endometrial. Simultaneamente ocorre ruptura dos lisossomos e liberação de
enzimas proteolíticas, que promovem destruição local adicional do tecido. Alem
disso as prostaglandinas produzidas durante o ciclo aumentam sua concentração
durante a menstruação causando vasoconstrição arteriolar adicional e isquemia
do endométrio.
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Menstruação
Imagem: Fisiologia - Guyton - Página 1018
Se o óvulo não for fertilizado, cerca de 2 dias antes do final do ciclo mensal, o corpo lúteo no ovário subitamente involui, e a secreção dos hormônios ovarianos diminui. A menstruação é causada pela redução de estrogênio e progesterona, especialmente progesterona, no final do ciclo ovariano mensal. Durante a menstruação normal, aproximadamente 40 mililitros de sangue e 35 mililitros de líquido seroso são eliminados. O líquido menstrual normalmente é não coagulado porque uma fibrinolisina é liberada em conjunto com o material endometrial necrótico.
Quatro a 7 dias após o início da menstruação, a perda de sangue para porque, neste momento, o endométrio já reepitalizou-se.
Desenvolvimento
folicular ovariano
É um
processo dinâmico que ocorre da menarca até a menopausa. O processo destina-se
a permitir o recrutamento mensal de um grupo de folículos e, por fim, a
liberação de um único folículo dominante maduro durante a ovulação mensal.
Folículos primordiais
O
recrutamento e crescimento iniciais dos folículos primordiais são independentes
de gonadotrofina e afetam um grupo durante vários meses. Logo após o
recrutamento inicial o FSH assume o controle da diferenciação e do crescimento
folicular e permite que um grupo de folículos continue a diferenciação. As
primeiras alterações observadas são:
·
Crescimento do ovócito
·
Expansão da única camada de células granulosas foliculares em múltiplas
camadas de células cúbicas.
A
diminuição da produção de estrogênio, progesterona e inibina-A do ciclo que
passou permitem a liberação de FSH que estimulara o crescimento folicular.
Folículo pré-antral
O
crescimento continua guiado pelo FSH. O ovócito em crescimento então secreta
uma substância denominada zona pelúcida que o separa das células granulosas
circundantes (exceto pela junção comunicante). Ocorre a proliferação mitótica
continua das células granulosas. Concomitantemente ocorre proliferação das
células tecais no estroma que fazem limite com as células granulosas. Os dois
tipos celulares tem ação sinérgica, produzindo estrogênio secretado para
circulação sistêmica.
--
Teoria das duas células – das duas gonadotrofinas –
Em
geral, a maior parte da aromatase (para produção de estrogênio) está nas
células granulosas. A atividade da aromatase é promovida pela estimulação de
receptores de FSH nas células granulosas. Entretanto, as células granulosas não
possuem enzimas que ocorrem mais cedo na via esteroidogênica e exigem
androgênios como substratos para aromatização. Os androgênios, por sua vez, são
sintetizados principalmente em resposta à estimulação pelo LH, e as células
tecais possuem a maioria dos receptores de LH para este estágio. Portanto o LH
estimula as células tecais a produzir androgênios (em especial
androstenediona), que são transferidos para as células granulosas para
aromatização, estimulada pelo FSH, com formação de estrogênios. O estrgênio
juntamente com o FSH criam um microambiente favorável ao crescimento e
nutrição.
Folículo
pré-ovulatório
Caracterizados
por um antro cheio de líquido, composto de plasma com secreções das células
granulosas. Neste ponto as células granulosas se diferenciam ainda mais
formando uma população heterogênea. O ovócito permanece ligado ao folículo por
um pedúnculo de granulosa especializada, conhecido como cumulus oophorus.
Os
níveis crescentes de estrogênio possuem um efeito de feedback negativo na
secreção de FSH. Inversamente, o LH sofre regulação bifásica pelos estrogênios
circulantes. Isso levará a um pico de LH. Concomitante a isso as interações
FSH-estrogênio locais no folículo dominante induzem receptores para LH nas
células granulosas. Assim a exposição a altos níveis de LH produzem os
seguintes efeitos: 1) luteinização das células granulosas, 2) produção de
progesterona e 3) ovulação.
Inibinas
e ativina
A
inibina é secretada pelas células granulosas de duas formas: inibina-A e
inibina-B. A primeira é ativa na fase lútea e a segunda na folicular. As duas
formas inibem a síntese e a liberação de FSH.
O
segundo peptídeo, a ativina, estimula a liberação de FSH e potencializa sua
ação no ovário.
Ovulação
O
pico de LH promove: aumento das concentrações locais de prostaglandinas e
enzimas proteolíticas na parede do folículo. Essas substancias enfraquecem
progressivamente a parede do folículo e acabam permitindo que haja uma
perfuração com a saída do ovócito.
Fase
lútea
Após
a ovulação o revestimento flicular remanescente é transformado no regulador
primário da fase lútea. O corpo lúteo. Ocorre a produção maciça de
progesterona, estrogênio e inibina-A pelas células granulosas. Alem disso
ocorre a angiogênese local que permite o lançamento de grande quantidade de
hormônios lúteos na circulação sistêmica.
A
queda nos níveis de LH causam a involução do corpo lúteo para corpo albicans.
Caso ocorra a gravidez o corpo lúteo será mantido pelo HCG placentário mantendo
elevado os níveis de progesterona.
Menopausa
Entre 40 e 50 anos de idade, o ciclo sexual geralmente torna-se irregular, e a
ovulação muitas vezes não ocorre. Depois de alguns meses a alguns anos, o
ciclo para totalmente. O período durante o qual o ciclo para e os hormônios
femininos caem a quase zero é denominado menopausa.
Bibliografia Textual e Imagens:
Tratado de Fisiologia Médica - Guyton - Páginas 996 a 1024.
Fisiologia. Robert M. Berne … [et al.], tradutores Nephtali Segal Grinbaum
Anatomia e Fisiologia - Tortora - Página 524 a 530.
Fisiologia. Robert M. Berne … [et al.], tradutores Nephtali Segal Grinbaum
Anatomia e Fisiologia - Tortora - Página 524 a 530.
Componentes do Grupo:
Mayara de Oliveira
Angélica
Andressa
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