sábado, 30 de novembro de 2013

Fisiologia Endócrina


Coordenação das funções corporais por mensageiros químicos
As múltiplas atividades das células, tecidos e órgãos do corpo são coordenadas pelo inter-relacionamento de vários tipos de sistemas de mensageiros químicos:
Neurotransmissores: são liberados por terminais de axônios de neurônios nas junções sinápticas e atuam localmente para controlar funções de células nervosas.
Hormônios Endócrinos: são liberados por glândulas ou células especializadas no sangue circulante e influenciam a função das células em outra localização no corpo.

Hormônios neuroendócrinos são secretados por neurônios no sangue circulante e influencia, a função de células em outra localização no corpo. Parácrinos são secretados por células no líquido extracelular e afetam células vizinhas de um tipo diferente.
Autócrinos são secretados por células no líquido extracelular e afetam a função das mesmas células que os produziram, ligando-se aos receptores da superfície celular.
Citocinas são peptídeos secretados por células no líquido extracelular e podem funcionar como hormônios autócrinos, paracrinos ou endócrinos.

Estruturas químicas e síntese de hormônios
Há três classes gerais de hormônios:
Proteínas e polipeptídeos, incluindo hormônios secretados pela hipófise anterior e posterior pelo pâncreas(insulina e glucagon), pela paratireoide. Esteroides secretados pelo córtex adrenal (cortisol e aldosterona), pelos ovários( estrogênio e progesterona), testículos (testosterona) e peça placenta (estrogênio e progesterona).
Derivados do aminoácidos tirosina, secretado pela tireoide( tiroxina e triodotironina) e a medula adrenal (epinefrina e norepinefrina). 



Livro Fisiologia Guyton PAG. 919 -

Hormônios polipeptídicos e protéicos são armazenados em vesículas secretoras ate que sejam necessários.
A maioria dos hormônios no corpo é polipeptídeos e proteínas. Estes hormônios variam de tamanho. Os hormônios protéicos e peptídeos são sintetizados nas extremidades rugosa do retículo endoplasmático das diferentes células endócrinas, da mesma maneira que a maioria das outras proteínas.




Livro Fisiologia Guyton PAG 921

Glândulas endócrinas e hormônios secretados
O conhecimento da endocrinologia evoluiu a partir de sistemas macroscópicos para sistemas microscópicos e posteriormente moleculares, de acordo com a evolução da tecnologia. É
natural, portanto, que os primeiros sistemas endócrinos tenham
sido descritos em órgãos que se mostravam capazes de produzir
substâncias que agiriam a distância, modificando funções
de outras estruturas. Esses órgãos foram chamados de glândulas
endócrinas, uma vez que o produto de secreção era lançado
no meio interno. As primeiras glândulas endócrinas descritas
foram: gônadas (ovário e testículo), pâncreas, supra-renal, tireóide, paratireóide e hipófise, sendo que nessas glândulas foram
caracterizadas as células secretoras dos hormônios. Verificouse
que em uma mesma glândula diferentes tipos celulares poderiam
estar presentes e que, na maioria das vezes, cada um era
responsável pela síntese e secreção de um hormônio específico.
Notou-se também que um mesmo tipo celular poderia produzir
mais de um hormônio. 




Livro Fisiologia Margarida Aires Pag. 921

Secreção hormonal, transporte e depuração de Hormônios do sangue
Inicio da secreção de hormônios após um estimulo e duração de ação de diferentes hormônios. Alguns hormônios como a norepinefrina e a epinefrina, são secretados em segundos depois que a glândula é estimulada e podem desenvolver ação completa dentro de alguns segundos a minutos; as ações de outros hormônios,como tiroxina ou o hormônio do crescimento, podem exigir meses para um efeito completo.
Concentrações de hormônios no sangue circulante e taxas de
secreção hormonal.
As concentrações de hormônios necessárias para controlar a maioria das funções metabólicas e endócrinas são incrivelmente pequenas. Suas concentrações no sangue variam de não mais que um picograma em cada mililitro de sangue até o máximo.
Hormônios Hidrossolúveis
São a maioria, sendo também conhecidos como o grupo dos hormônios protéicos, por incluírem todos os hormônios que são proteínas. As proteínas são constituídas por cadeias de aminoácidos que se ligam por ligações peptídicas, preservando a característica polar das moléculas dos aminoácidos e, assim, definindose
como hidrossolúveis.
SÍNTESE DOS HORMÔNIOS HIDROSSOLÚVEIS
OS menores hormônios hidrossolúveis são aminoácidos modificados, por exemplo: a tírosina origina a adrenalina e a noradren
alina; a histidina origina a histamina; e o triptofano origina
a serotonina. A síntese desses hormônios depende da disponibilidade intracelular do aminoácido e do conteúdo e atividade das

enzimas chaves no processo de metabolização ( ou modificação) da molécula do aminoácido 


Livro Fisiologia Margarida Aires Pag 922
Hormônios Lipossolúveis
A característica básica dos hormônios lipossolúveis é possuírem uma molécula precursora lipídica, cujo caráter lipofílico está preservado na forma ativa do hormônio.

Síntese dos hormônios lipossolúveis
Depende do aportedo substrato lipídico precursor à célula secretora e 2) da presença,na célula secretora, de enzimas específicas que metabolizam a molécula precursora até chegar à forma ativa.
A grande maioria desses hormônios deriva do colesterol, sendo
por isso chamados de hormônios esteróides. Adicionalmente, podem derivar de análogos do colesterol, os ca1ciferóis, originando
as diferentes formas de vitamina D. Também podem derivar de ácidos graxos, como as prostaglandinas e alguns feromônios.


Controle por Feedback da secreção Hormonal
O Feedback Negativo impede a hiperatividade dos sistemas hormonais. Embora as concentrações plasmáticas de muitos hormônios flutuem em resposta a vários estímulos que ocorrem durante o dia todo. Na maioria dos casos, este controle é exercido através de mecanismos de feedback negativo que asseguram um nível apropriado de atividade hormonal no tecido-alvo. Depois de um estimulo causa a liberação do hormônio tendem a suprimir uma liberação adicional.
Surtos da secreção hormonal podem ocorrer com Feedback positivo
Feedback positivo ocorre quando a ação biológica do hormônio causa secreção adicional deste. Um exemplo é o surto de secreção de hormônio luteinizante(LH) que ocorre em decorrência do efeito estimulatorio o estrogênio sobre a hipófise anterior antes da ovulação. O LH secretado então atua sobre os ovários, estimulando a secreção adicional ao estrogênio, o que por sua vez, causa mais secreção de LH.
Transporte de Hormônios no sangue
Os hormônios hidrossolúveis (peptídeos e catecolaminas) são dissolvidos no plasma e transportados de seus locais de síntese para tecidos- alvo, onde se difundem dos capilares, entram no líquido intersticial e, finalmente, vão as células-alvo.
Hormônios esteróides e da tireóide, diferentemente, circulam no sangue principalmente ligados as proteínas plasmáticas. Geralmente menos de 10% dos hormônios esteróides ou tireoidianos existem livres em solução no plasma. No entanto os hormônios ligados a proteínas não conseguem se difundir facilmente pelos capilares e ganham acesso as suas células-alvo, sendo, portanto, biologicamente inativos ate que se dissociem das proteínas plasmáticas. A ligação de hormônios a proteínas plasmáticas torna sua remoção do plasma muito mais lenta.
Depuração de Hormônios do sangue
Dois fatores podem aumentar ou diminuir a concentração de um hormônio no sangue. Um destes é a taxa de secreção de hormônio no sangue. O segundo é a taxa de remoção do hormônio do sangue, chamada de taxa de depuração metabólica. Para calcular esta taxa de depuração, medem-se:(1) a taxa de desaparecimento do hormônio do plasma por minuto(2) a concentração do hormônio em cada mililitro de plasma. Depois, calcula-se a taxa de depuração metabólica pela seguinte formula;
Taxa de depuração metabólica = Taxa de desaparecimento do hormônio do plasma/ Concentração de hormônio em cada mililitro de plasma.
Os hormônios são depurados do plasma por meio de vários modo, (1)desnutrição metabólica pelos tecidos, (2) ligação com os tecidos, (3) excreção na bile pelo fígado e (4) excreção na urina pelos rins. Para certos hormônios, uma diminuição da taxa de depuração metabólica pode causar uma
concentração excessivamente alta do hormônio nos líquidos corporais circulantes. Por exemplo, isso ocorre em vários dos hormônios são conjugados principalmente no fígado e depois “depurados “ na bile.
A maioria dos hormônios peptídicos e catecolaminas é hidrossolúveis e circula livremente no sangue. Geralmente são degradados por enzimas no sangue e tecidos e rapidamente excretados pelos rins e fígado, assim permanecendo no sangue por apenas um curto período. Por exemplo, a meia-vida da angiotensina II circulante no sangue é inferior a 1 minuto.
Mecanismos de Ação dos Hormônios Receptores Hormonais e sua ativação
O primeiro passo da ação de um hormônio é ligar-se a receptores específicos na celula-alvo. Aas células que não possuem receptores para hormônios não respondem. Os receptores para alguns hormônios estão localizados na membrana da celula-alvo, enquanto outros receptores hormonais estão localizados no citoplasma ou no núcleo. Os tecidos hormonais que são afetados por hormonio são aqueles que contem seus receptores específicos. As localizações para os diferentes tipos de receptores de hormônios, em geral, são só seguintes:
Dentro da membrana ou em sua superfície/ no citoplasma celular/ no núcleo da célula.
Receptores hormonais ligados a proteína G
Muitos hormônios ativam receptores que regulam indiretamente a atividade de proteinas-alvo, por acoplamento com grupos de proteína da membrana celular chamadas de proteínas heterotrimericas de ligação a GTP. Há mais de mil receptores conhecidos acoplados a proteína G, todos os quais tem sete segmentos transmembrana que fazem alça para dentro e para fora da membrana celular. As proteínas G trimericas são assim denominadas por su capacidade de ligar-se a nucleotídeos guanosina.



Livro Fisiologia Guyton PAG 924
Mecanismos de Segunndo Mensageiro para Mediar funçoes hormanais Intracelulares
Já observamos que um dos meios pelos quais os hormônios exercem ações intracelulares é pelo estimulo da formação do segundo mensageiro AMPc dentro da membrana celular. O AMPc então causa efeitos intracelulares subseqüentes do hormônio. Deste modo, o único efeito direto que o hormônio tem sobre a célula é ativar um único tipo de receptor de membrana. O segundo mensageiro faz o restante.
O AMPc não é apenas o segundo mensageiro usado pelos diferentes hormônios. Dois outros especialmente importantes são1) os íons cálcio e a calmodulina e (2) produtos da degradação de fosfolipídios da membrana.
O sistema de Segundo Mensageiro dos Fosfolipidios da Membrana Celular
Alguns hormônios ativam receptores transmembrana que ativam a enzima fosfolipase Cfixada as projeções internas dos receptores. Esta enzima catalisa degradação de alguns fosfolipídios na membrana celular, especialmente do bifosfato fosfatidilinositol, em dois grupos diferentes de segundos fato mensageiros: trifosfato de inositol .
Sistema de Segundo Mensageiro do Calcio-Calmodulina
Outro sistema de segundo mensageiro opera em resposta a entrada de cálcio nas células. A entrada de cálcio pode ser iniciada por (1) alterações de
potencial de membrana que abrem os canais de cálcio ou (2) um hormônio interagindo com receptores
de membrana que abrem os canais de cálcio.
Ao entrar na célula, os íons de calcio se ligam a proteína calmodulina. Esta proteína tem quatro locais de cálcio, e quando três ou quatro destes locais se ligaram ao cálcio a calmodulina muda sua forma e inicia múltiplos efeitos dentro da célula, incluindo a tivaçao ou inibição de proteínas nas quinases. Aativaçao das proteínas quinases dependentes da calmodulina causa, através de fosforilaçao, ativação e inibição de proteínas envolvidas na resposta da célula ao hormônio.

Hormônios da tireóide aumentam a transcrição genética no núcleo das células
Os hormônios da tireóide tiroxina e triiodotironina causam aumento da transcrição por genes específicos no núcleo.Para efetuar isto, estes hormônios primeiros se ligam diretamente ás proteínas do receptor no próprio núcleo;estes receptores provavelmente são moléculas de proteínas localizados no complexo cromossômico e talvez controlem a função dos promotores ou operadores genéticos.
Hormônios Hipofisarios e seu controle pelo hipotalamo
A hipófise e sua relação com o hipotálamo
Hipofise:duas porções distintas – Os lobos anterior e Posterior.A hipófise,também chamada de pituitária,é uma glândula pequena-em torno de 1centimetro de diâmetro e pesando 0,5 até 1 grama – situada na sela túrcica, uma cavidade óssea localizada na base do cérebro e que se liga ao hipotálamo através do pedúnculo hipofisario filosoficamente, a hipófise é divisível em duas porções distintas: a hipófise anterior também conhecida como a neuro- hipofise.Entre estas duas porções existe uma zona pequena,relativamente avascular,chamada de pars intermédia, que está quase sempre ausente nos humanos, mas é muito maior e mais funcional em alguns animais inferiores . Seis hormônios peptídeos importantes e diversos outros de menor importância são secretados pela hipófise anterior, e dois hormônios peptídeos importantes são secretados pela hipófise posterior .Os hormônios da região anterior da hipófise desempenham papeis importantes no controle das funções metabólicas do organismo.
O hormônio do crescimento promove o crescimento de todo o organismo.A adrenocorticotropia controla a secreção de alguns hormônios adrenocorticais. O hormônio estimulante da tireóide controla a taxa de secreção da tiroxina e da triiodotironina pela glândula tireóide.A prolactina promove o desenvolvimento da glândula mamaria e a produção do leite.
Dois hormônios gonadotrópicos separados , o hormônio faliculo e o hormônio luteinizante controlam o crescimento dos ovários e dos testículos.
O hormônio antidiurético controla a taxa de excreção da água na urina.
A ocitocina auxilia na ejeção de leite das glândulas mamarias para o mamilo durante a sucção e possivelmente desempenha um papel de auxilio durante o parto e no final da gestação.
Gigantismo- as células acidofilicas produtoras do hormônio do crescimento da hipófise se tornam excessivamente ativas e as vezes ate mesmo tumores acidofilicos ocorrem na glândula.

Funções fisiológicas do hormônio do crescimento
Todos os principais hormônios da hipófise anterior, com exceção do hormônio do crescimento, exercem seus efeitos principais por meio do estimulo de glândulas-alvos, incluindo a glândula tireóide, córtex adrenal, ovário, testículos e gladulas mamarias. As funções de cada um destes hormônios hipofisarios estão tão intimamente relacionados com as funções das respectivas glândulas- alvo que, com exceção do hormônio do crescimento, suas funções são discutidas nos capítulos subseqüentes, juntamente com as glândulas alvo. Os hormônios do crescimento, ao contrario dos outros hormônios, não age através de uma glândulas-alvo, mas exerce seus efeitos diretamente sobe todos ou quase todos os tecidos do organismo.
O hormônio do crescimento estimula o crescimento das cartilagens dos ossos
Apesar de o hormônio do crescimento estimular o aumento da deposição de proteína e o aumento do crescimento em quase todos os tecidos do organismo, seu efeito mais obvio e aumentar o crescimento esquelético. Existem dois tipos mecanismos principais de crescimento ósseo. Primeiro, em resposta ao estimulo do hormônio do crescimento, os ossos longos crescem em comprimento nas cartilagens epifisárias onde as epífises, nas extremidades dos ossos, estão separadas das partes longas. Em segundo lugar os osteoblastos no periósteo ósseo e em algumas cavidades ósseas depositam osso novo nas superfícies do osso antigo.
Anormalidades da Secreção do hormônio do Crescimento
Pan-Hipopituitarismo – secreção reduzida de todos os hormônios da hipófise anterior
Nanismo- deficiência generalizada da secreção da hipófise anterior.

Hormônios metabólico da tireóide
A tireóide, localizada imediatamente abaixo da laringe e ocupando as regiões laterais e anterior da traquéia, é uma das maiores glândulas endócrinas, normalmente pesando de 15 a 20 gramas em adultos.
Sintese e secreção dos hormônios metabólicos tireoidianos
Cerca de 93 % dos hormônios metabolicamente ativos secretados pela tireóide consistem em tiroxina, E 7% em triodotironina. A função destes dois hormônios são qualitativamente iguais, mais diferem na velocidade e intensidade de ação.


Glândulas Supa-renais(Adrenais)
O corpo tem duas glândulas supra-renais,cada uma é localizada superiormente a cada rim. Cada glândula supra-renal é composta de duas regiões: o córtex supra-renal,externo, que compõe a maior parte da glândula e a medula supra- renal interna. Cada região produz diferentes hormônios, como a glândula tireóide, as glândulas supra-renais recebem um suprimento sangüíneo abundante.

Córtex Supra-renal
O córtex supra-renal é subdividido em três zonas, sendo que cada uma secreta diferentes grupos de hormônios esteróides, a zona externa secreta hormônios chamados de mineralocorticóides , porque eles afetam a homeostase mineral, a zona média secreta hormônios chamados glicocorticóides, porque eles afetam a homeostase da glicose, a zona interna sintetiza pequenas quantidades de endrógenos(hormônios sexuais masculinos) 



 Anatomia e fisiologia Tortora pág:305


Mineralocorticóides
Os mineralocorticóides ajudam a controlar a homeostase da água e doa íons sódio e potássio. Embora o córtex supra-renal secrete vários mineralocorticóides, o responsável por cerca de 95% da atividade mineralocorticóides é a aldosterona. A aldosterona atua em certas células dos rins para aumentar a reabsorção de íons sódio a urina e assim retorná-los ao sangue, ao mesmo tempo, a aldosterona estimula a excreção íons potássio, de forma que grandes quantidades de potássio são perdidas na urina. 



Anatomia e fisiologia Tortora pág:306
Glicocorticóides
Os glicocorticóides estão envolvidos com o metabolismo e a resistência ao estresse. O cortisol é o mais abundante e é responsável pela maior parte da atividade glicocorticóide.
Andrógenos
O córtex supra-renal secreta pequenas quantidades de andrógenos, hormônios sexuais masculinos, a concentração de hormônios sexuais normalmente secretada pelas glândulas supra-renais adultas masculinas é tão baixa que é insignificante quando comparada ao nível de testosterona. Nas mulheres os andrógenos contribuem com o impulso sexual(libido). Os andrógenos ajudam no pico de crescimento pré-puberal e no desenvolvimento inicial dos pelos axilares e púbicos em meninos e meninas.

Adrenalina e Noradrenalina
Os dois principais hormônios sintetizados pela medula supra-renal são a adrenalina e a noradrenalina, a adrenalina representa cerca de 80% do total da secreção da glândula e é a mais potente que a noradrenalina, ambos hormônios produzem efeitos que mimetizam aqueles produzidos pela divisão simpática do sistema nervoso autônomo , eles são em grande parte responsável pela resposta de “luta-ou-fuga”. Como os glicocorticóides do córtex supra-renal, eles auxiliam na resistência ao estresse.
Sob estresse os impulsos recebido pelo hipotálamo são transmitidos aos neurônios pré- ganglionares simpáticos e então a medula supra-renal , que aumenta a produção de adrenalina e noradrenalina. Ambos hormônios aumentam a pressão sanguínea pelo aumento da freqüência cardíaca e vasoconstrição, acelerando a taxa respiratória, dilatando as vias respiratórias , diminuindo a taxa digestiva, aumentando a eficiência das contrações musculares, aumentando o nível sanguíneo de açúcar e estimulando o metabolismo celular. A hipoglicemia (baixa taxa sanguínea de açúcar) também pode estimular a secreção de adrenalina e noradrenalina.
Pâncreas
A porção endócrina do pâncreas consiste de agrupamentos de células chamadas de ilhotas pancreáticas, as ilhotas contêm numerosos capilares sanguineos e são cercadas por células que formam a parte exócrina da glândula, pelo menos quatro tipos principais de células são encontradas nesses agrupamentos: as células alfa que secretam o hormônio glucagon, as células beta que secretam insulina,as células delta que secretam somatostatina que inibe a secreção de insulina e de glucagon, e a célula F que secretam um polipeptideo pancreático que regula a liberação de enzimas digestivas pelo pâncreas. O glucagon e a insulina são os principais reguladores do nível de açúcar no sangue.



Anatomia e fisiologia Tortora pág:309

Glucagon
O glucagon aumenta o nivel da glicose no sangue, faz isto por meio da aceleração da conversão de glicogênio em glicose no figado,promoção na conversão do figado, de outros nutrientes como aminoácidos e ácido láctico em glicose e estimulação da liberação de glicose do figado para o sangue, como resultado aumenta o nivel sanguineo de açucar.
Insulina
A ação da insulina é oposta a do glucagon, ela diminui o nível sanguíneo de açúcar quando está acima do normal. Faz isto de várias maneiras:
  1. 1-  A insulina acelera o transporte da glicose do sangue para a célula especialmente fibras musculares esqueléticas.
  2. 2-  A insulina acelera a conversão de glicose em glicogênio e a síntese dos ácidos graxos.
  3. 3-  A insulina acelera o movimento dos aminoácidos nas células do corpo, aumentando assim a velocidade de síntese protéica dentro das células.
  4. 4-  Ainsulinadiminuiaconversãodoglicogênioemglicosenofígado.
  5. 5-  A insulina diminui a velocidade da formação de glicose do ácido láctico e
de certos aminoácidos. 




 Pág:310


Ovários e Testículos
As gônadas femininas, chamadas de ovários, são um par de estruturas ovais localizadas na cavidade pélvica. Eles produzem estrógenos e progesterona, que são os responsáveis pelo desenvolvimento e a manutenção das caracteristicas sexuais femininas, junto com a FSH e o LH da adeno-hipófise, os hormônios sexuais regulam o ciclo mestrual, mantêm a gravidez e preparam as glândulas mamárias para a lactação. Os ovários( e a placenta) também produzem um hormônio chamado de relaxina, que relaxa a sinfese púbica e ajuda a dilatar o colo do útero próximo ao final da gestação.
O homem apresenta duas glândulas ovais, chamadas de testiculos, que se localizam no escroto, os testiculos produzem testosterona, o principal hormônio sexual masculino, que estimula o desenvolvimento das caracteristicas sexuais masculinas. Os testiculos também produzem inibina a secreção FSH. 




                                                                              RESUMO

















CICLO CIRCADIANO
Também conhecido como ritmo circadiano representa o período de um dia (24 horas) no qual se completam as atividades do ciclo biológico dos seres vivos. Uma das funções deste sistema é o ajuste do relógio biológico, controlando o sono e o apetite.
Através de um marca-passo interno que se encontra no cérebro, o ritmo circadiano regula tanto os ritmos materiais quanto os psicológicos, o que pode influenciar em atividade como: digestão em vigília, renovação de células e controle de temperatura corporal.
A área do cérebro onde este relógio que monitora o ciclo de atividades do corpo humano fica é o núcleo supraquiasmático, que fica pouco acima das glândulas pituitárias, no hipotálamo, região cerebral que liga o sistema nervoso ao sistema endócrino. Nas aproximadas vinte e quatro horas em que se baseia o ritmo circadiano, cada órgão do corpo humano manifesta o seu pico de funcionamento, período em que é realizada a auto-limpeza do corpo. Assim, a cada duas horas, divididas entre as 24, um órgão necessita da utilização de mais energia.
As atividades dos órgãos estão divididas da seguinte forma:
• 1h – 3h - Fígado
• 3h – 5h - Pulmão
• 5h – 7h - Intestino Grosso
• 7h – 9h - Estômago
• 9h – 11h - Baço/Pâncreas
• 11h – 13h - Coração
• 13h – 15h - Intestino Delgado
• 15h – 17h - Bexiga
• 17h – 19h - Rins
• 19h – 21h - Pericárdio
• 21h – 23h - Triplo Aquecedor
• 23h – 1h - Vesícula Biliar
A grande importância do conhecimento das funções e atividades do Ciclo Circadiano está em analisar o comportamento do corpo e observar anomalias frequentes que ocorrem no mesmo período entre as 24 horas do ciclo. Desta forma, pode-se dizer em que estrutura corpórea ocorre algum tipo de desequilíbrio.




Componentes do Grupo:


Deziane 
Tauana
Ana Mayra

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Fisiologia Reprodutiva

Fisiologia Reprodutiva



Anatomia Fisiológica dos órgãos sexuais masculinos


Imagem: Fisiologia - Guyton - Página 997


O testículo é composto por até 900 túbulos seminíferos enrolados, onde é formado o esperma; cada um tem, em média, mais de metro de comprimento. O esperma, então, é despejado no epidídimo, outro tubo enrolado de aproximadamente 6 metros de comprimento. O epidídimo conduz ao canal deferente, que se alarga na ampola do canal deferente imediatamente antes de o canal entrar no corpo da glândula prostática.

Duas vesículas seminais, uma de cada lado da próstata, desembocam na terminação prostática da ampola, e os conteúdos tanta da ampola como das vesículas seminais passam para o ducto ejaculatório, são conduzidos através do corpo da glândula prostática e, então, deságuam na uretra interna. Os ductos prostáticos recebem o conteúdo da glândula prostática e o conduzem para o ducto ejaculatório, e deste para a uretra prostática.
A uretra é o último elo de conexão dos testículos com o exterior. A uretra possui muco proveniente de um grande número de pequenas glândulas uretrais localizadas em toda a sua extensão, e, em maior quantidade, das glândulas bulbouretrais, localizadas próximo da origem da uretra.


Epidídimo é um órgão em forma de vírgula, que se aloja ao longo da margem posterior dos testículos, e consiste, principalmente, de um tubo fortemente espiralado, chamado de ducto epididimal. O ducto do epidídimo é o local da maturação dos espermatozóides. Durante o período de 10 a 14 dias, sua mobilidade aumenta. O ducto do epidídimo também armazena os espermatozóides por até um mês ou mais; após esse período, são expelidos ou reabsorvidos.

Ducto Deferente: À medida que o ducto do epidídimo se torna menos convoluto e seu diâmetro aumenta, ele passa a ser chamado de ducto deferente. O ducto deferente ascende ao longo da margem posterior dos testículos, penetra no canal inguinal, e entra na cavidade pélvica, onde se curva lateralmente e para baixo da superfície posterior da bexiga urinária. O ducto deferente apresenta uma túnica com 3 camadas musculares. Ele armazena os espermatozóides por muitos meses, propelindo-os em direção a uretra durante a ejaculação, através das contrações peristálticas de sua túnica muscular. Os espermatozóides que não forem ejaculados são reabsorvidos.
               
Imagem: Anatomia e Fisiologia - Tortora - Página 524

Espermatogênese


Imagem: Fisiologia - Guyton - Página 998


A espermatogônia inicia as divisões mitóticas na puberdade, proliferando-se e diferenciando-se continuamente através de estágios definidos de desenvolvimento para formar o esperma.

A espermatogênese ocorre nos túbulos seminíferos durante a vida sexual ativa, como resultado da estimulação pelos hormônios gonadotrópicos da glândula hipófise anterior.


Formação do Esperma


Imagem: Fisiologia - Guyton - Página 998


Quando as espermátides são formadas inicialmente, elas ainda apresentam as características usuais de células epitélioides, mas começam a se diferenciar rapidamente e se alongam formando os espermatozoides. Cada espermatozoide é composto de uma cabeça e uma cauda, na cabeça encontra-se o núcleo condensado da célula, com apenas a membrana plasmática e uma camada citoplasmática fina envolvendo suas superfície. Na parte externa dos dois terços anteriores da cabeça encontra-se um puz espesso, chamado acrossomo, que é formado principalmente pelo aparelho golgi. A cauda do esperma é chamada de flagelo. O movimento de vaivém da cauda fornece mobilidade ao esperma.

O esperma normal se move em um meio líquido com uma velocidade de 1 a 4 mm/min. Isto faz com que ele se mova através do trato genital feminino em busca do óvulo.

Função da próstata


Próstata:  glândula localizada abaixo da bexiga urinária. 

A próstata secreta um líquido fino, leitoso, que contém cálcio, íon citrato, íon fosfato, uma enzima de coagulação e uma pró-fibrinolisina. O líquido prostático ligeiramente alcalino ajuda a neutralizar a acidez dos outros líquidos seminais durante a ejaculação, e, assim, aumenta a mobilidade e fertilidade do espermatozoide.


Glândulas Bulbo Uretrais ou de Cowper


Sua secreção transparente é lançada dentro da uretra para limpá-la e preparar a passagem dos espermatozóides. Também tem função na lubrificação do pênis durante o ato sexual.



Pênis

É considerado o principal órgão do aparelho sexual masculino, sendo formado por dois tipos de tecidos cilíndricos: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso (envolve e protege a uretra). Na extremidade do pênis encontra-se a glande - cabeça do pênis, onde podemos visualizar a abertura da uretra. Com a manipulação da pele que a envolve - o prepúcio - acompanhado de estímulo erótico, ocorre a inundação dos corpos cavernosos e esponjoso, com sangue, tornando-se rijo, com considerável aumento do tamanho (ereção). O prepúcio deve ser puxado e higienizado a fim de se retirar dele o esmegma (uma secreção sebácea espessa e esbranquiçada, com forte odor, que consiste principalmente em células epiteliais descamadas que se acumulam debaixo do prepúcio). Quando a glande não consegue ser exposta devido ao estreitamento do prepúcio, diz-se que a pessoa tem fimose



Sêmen


O sêmen que é ejaculado durante o ato sexual masculino é composto do líquido e espermatozoides do canal deferente, líquido das vesículas seminais, líquido da próstata, e pequenas quantidades de líquido das glândulas mucosas, especialmente das glândulas bulbouretrais. Assim, a maior parte do sêmen é composta de líquido da vesícula seminal, que é o último a ser ejaculado e serve para arrastar os espermatozoides através do ducto ejaculatório e da uretra.


A uretra é comumente um canal destinado para a urina, mas os músculos na entrada da bexiga se contraem durante a ereção para que nenhuma urina entre no sêmen e nenhum sêmen entre na bexiga. Todos os espermatozóides não ejaculados são reabsorvidos pelo corpo dentro de algum tempo.



Saco Escrotal ou Bolsa Escrotal ou Escroto

Um espermatozóide leva cerca de 70 dias para ser produzido. Eles não podem se desenvolver adequadamente na temperatura normal do corpo (36,5°C). Assim, os testículos se localizam na parte externa do corpo, dentro da bolsa escrotal, que tem a função de termorregulação (aproximam ou afastam os testículos do corpo), mantendo-os a uma temperatura geralmente em torno de 1 a 3 °C abaixo da corporal. 


Testosterona e outros hormônios sexuais masculinos



Os testículos secretam muitos hormônios sexuais masculinos que são chamados coletivamente de androgênios, incluindo a testosterona, diidrotestosterona e androstenediona. A testosterona é mais abundante do que os outros, às vezes considerada com o hormônio testicular mais importante, a maioria da testosterona é eventualmente convertida, nos tecidos-alvo, no hormônio mais ativo, a diidrtestosterona. A testosterona é responsável pelas características que diferenciam o corpo masculino.


A testosterona é o principal hormônio androgênico, produzido naturalmente pelo organismo nas células de Leydig, nos testículos. Essa produção e secreção é regulada pelo hormônio luteinizante (LH) e apresenta pulsos em seus níveis plasmáticos no sangue.

É responsável pelas características sexuais masculinas, embora seja produzido nos dois sexos, o homem apresenta cerca de trinta vezes mais testosterona que a mulher. Ela também estimula a utilização de gordura pelo organismo.

Síntese e secreção
O hormônio luteinizante estimula a secreção de testosterona pelas células de Leydig, efeito importante para a espermatogênese. O LH é produzido pela adeno-hipófise.
A deficiência de testosterona em meninos pode afetar o desenvolvimento das características sexuais secundárias ou simplesmente não ocorrer. Essas caracterísricas envolvem músculos, pêlos pubianos, crescimento do pênis e dos testículos, engrossamento da voz, crescimento de barba, etc. Durante a gestação, essa deficiência prejudica a diferenciação sexual do feto, que é promovida pela testosterona, podendo o menino (XY) nascer com características sexuais femininas.
A produção de testosterona é maior no período da mannhã, por volta das 8 horas, que no período noturno.
Função
O comportamento sexual masculino depende da testosterona. Ela também aumenta o desejo sexual.
Os níveis mais altos de testosterona acontecem por volta dos 17 anos de idade, e após 30 anos de idade, esses níveis começam ter uma queda de 0,5 a 1% a cada ano, reduzindo assim a libido, a massa óssea, aumentando o risco de fraturas, além de diminuir a massa muscular.
Além de estimular a libido, estimula a agressividade.
A testosterona está relacionada com o aumento de massa muscular pois aumenta o metabolismo de gorduras, produzindo energia.

A deficiência de testosterona ocasiona perda de massa muscular e óssea, força, perda de libido e armazenamento de gordura.


Vasectomia




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A vasectomia é o modo de esterilização mais eficiente que se conhece. Ela é feita em consultório médico após a aplicação de uma anestesia local. Realiza-se uma incisão em cada saco escrotal  para a localização dos canais deferentes. Em seguida eles são cortados e realizados todos os procedimentos pós-cirúrgicos. Depois de 1 a 2 meses o homem pode se considerar estéril.


Anatomia Fisiológica dos órgãos sexuais femininos


Imagem: Fisiologia - Guyton - Página 1012


Os principais órgãos do aparelho reprodutor feminino humano, são os ovários, as trompas de falópio, o útero e a vagina. A reprodução começa com o desenvolvimento dos óvulos nos ovários. No meio de cada ciclo sexual mensal, um único óvulo é expelido de um folículo ovariano para a cavidade abdominal próxima das aberturas fimbriadas das duas trompas de falópio até o útero, onde se desenvolve em um feto, uma placenta e membranas fetais e, por fim, em um bebê.



Sistema hormonal feminino


Imagem: Fisiologia - Guyton - Página 1013


O sistema hormonal feminino, consiste em três hierarquias de hormônios:

  1. 1-  Um hormônio de liberação hipotalâmica, o hormônio liberador de gonadotropina.
  2. 2-  Os hormônios sexuais hipofisários anteriores, o hormônio folículo- estimulante e o hormônio luteinizante, ambos secretados em resposta à liberação de GnRH do hipotálamo.

3- Os hormônios ovarianos, estrogênio e progesterona, que são secretados pelos ovários em resposta a dois hormônios sexuais femininos da hipófise anterior.
Os anos reprodutivos normais da mulher caracterizam-se por mudanças rítmicas mensais nas taxas de secreção dos hormônios femininos e correspondem a mudanças nos ovários e em outros órgãos sexuais. Este padrão rítmico é denominado ciclo sexual mensal feminino. O ciclo dura em média 28 dias. Apenas um único óvulo normalmente é liberado dos ovários a cada mês, de maneira que normalmente apenas um único feto por vez começará a crescer. O endométrio uterino é preparado com antecedência para a implantação do óvulo fertilizado no determinado momento do mês.


Hormônios ovarianos 



Os dois tipos de hormônios sexuais ovarianos são os estrogênios e as profestinas. Os estrogênios promovem essencialmente a proliferação e o crescimento de células específicas no corpo responsáveis pelo desenvolvimento da maioria das características sexuais secundárias da mulher. As progestinas atuam basicamente preparando o útero para a gravidez e mamas para a lactação.


Hormônios reprodutivos do SNC

a)    GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina): é um decapeptídeo produzido por neurônios cujos corpos celulares estão localizados principalmente no núcleo arqueado do hipotálamo. Esses neurônios projetam axônios que terminam nos vasos porta na eminência mediana, onde o GnRH é secretado para ser transportado até a hipófise anterior.
O gene que codifica o GnRH produz uma proteína precursora de 92 aminoácidos, contendo não apenas o decapeptídeo GnRH, mas também um peptídeos de 56 aminoácidos associado ao GnRH, ou GAR. O GAR estimula a liberação de gonadotrofinas e inibe a secreção de prolactina (PRL).

Forma de secreção do GnRH: o GnRH deve ser secretado de forma pulsátil. Quando o hormônio é secretado de forma contínua ocorre um fenômeno denominado “modulação negativa”, no qual o número de receptores de GnRH dos gonadotrofos é reduzido. No entanto, quando ocorre a secreção pulsátil o fenômeno de “modulação positiva” predomina aumentando o número de receptores.
A secreção pulsátil é uma propriedade intrínseca ao hipotálamo e deve ser contínua, pois o GnRH tem uma meia vida muito curta (4 minutos).
Ocorre ainda, uma variação da secreção pulsátil de GnRH ao longo das fases do ciclo menstrual: 1) a fase folicular é caracterizada por pulsos frequentes, de pequena amplitude, no final desta fase ocorre aumento da frequência e da amplitude dos pulsos, 2) durante a fase lútea, porém, há aumento progressivo do intervalo entre os pulsos. A amplitude é maior que a da fase folicular, mas diminui progressivamente no período de 2 semanas.
Essa variação na frequência de pulso permite a variação do LH e do FSH durante o ciclo menstrual. Abaixo segue um exemplo do que ocorre ao final da fase lútea:


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Opióides endógenos e seus efeitos sobre a secreção de GnRH: opióides endógenos são três famílias relacionadas a substância naturais produzidas no SNC que representam os ligantes naturais para os receptores dos opióides. As classes de opióides endógenos são: 1) endorfinas, 2) encefalinas e 3) dinorfinas.
Sabe-se que as endorfinas tem um importante papel em inibir a liberação de GnRH no hipotálamo, resultando na inibição da secreção de gonadotrofinas. Os esteroides sexuais ovarianos, por sua vez, podem aumentar a secreção de endorfinas reduzindo ainda mais os níveis de gonadotrofinas.
Os níveis de endorfina variam muito durante todo o ciclo menstrual, com níveis máximos na fase lútea e um nível mínimo durante a menstruação. A disforia experimentada por algumas mulheres na fase pré-menstrual do ciclo pode estar associada a uma abstinência de opiáceos endógenos. Essa fase é conhecida como tensão pré-menstrual (TPM).

b)   Gonadotrofinas (FSH e LH): são produzidas pelos gonadotrofos da hipófise anterior e são responsáveis pela estimulação folicular ovariana. O FSH e o LH possuem estrutura semelhante igualando-se na sua subunidade α e diferindo na subunidade β, que conferem especificidade ao receptor.

Ciclo menstrual normal

Um ciclo menstruação normal dura de 21 a 35 dias, com dois a seis dias de fluxo e perda sanguínea média de 20 a 60 ml.
O ciclo menstrual humano normal pode ser dividido em duas partes: 1) ciclo ovariano e 2) ciclo uterino.
a)    Ciclo ovariano: o ciclo ovariano é subdivido em: 1) fase folicular e 2) fase lútea. A primeira é caracterizada por um feedback hormonal que promove o desenvolvimento ordenado de um único folículo dominante que deve estar maduro no meio do ciclo e preparado para a ovulação. A duração média da fase folicular humana varia de 10 a 14 dias. A fase lútea, por sua vez, corresponde a período desde a ovulação até o inicio da menstruação, com duração média de 14 dias.

Variações hormonais
1)    Inicio do ciclo menstrual normal: níveis baixos de esteroides gonadais que vem diminuindo desde o fim da fase lútea anterior.
2)    O desaparecimento do corpo lúteo marca o inicio da elevação do FSH levando a um recrutamento de um grupo de folículos em crescimento. Cada um desses folículos secreta níveis razoáveis de estrogênio, à medida que crescem durante a fase folicular. Por sua vez, o estrogênio estimula a proliferação do endométrio.
3)    Níveis crescentes de estrogênio produzem feedback negativo sobre a secreção hipofisária de FSH, que começa a diminuir no meio da fase folicular. Alem disso, os folículos em crescimento produzem inibina – B, que também suprime a secreção de FSH pela hipófise.
4)    No fim da fase folicular (logo antes da ovulação), há receptores para LH induzidos pelo FSH nas células granulosas e, com estimulação do LH, modulam a secreção de progesterona.
5)    Após um grau suficiente de estimulação estrogênica, é deflagrado o pico hipofisário de LH, que é a causa imediata da ovulação que ocorre 24 a 36 horas depois. A ovulação anuncia a transição para a fase lútea-secretora.

OBS1 : normalmente sabemos que o estradiol (principal estrogênio) causa um efeito feedback negativo na liberação tanto de LH como de FSH pela adenohipófise. No entanto, por motivos ainda não conhecidos o estradiol no período próximo à ovulação inverte este feedback de negativo para fortemente positivo o que origina este pico abrupto de LH.


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6)    O nível de estrogênio diminui no inicio da fase lútea, quando começa a aumentar novamente em virtude da secreção do corpo lúteo. Da mesma forma a inibina – A é produzida pelo corpo lúteo.
7)    Os níveis de progesterona aumentam subtamente após a ovulação.
8)    A progesterona, o estrogênio e a inibina-A atuam em nível central para suprimir a secreção de gonadotrofinas e o crescimento de nvos folículos. Esses hormônios permanecem elevados durante toda a vida do corpo lúteo e depois diminuem com sua extinção, assim estabelecendo o estágio para o próximo ciclo.

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Útero – alterações cíclicas do endométrio

Os dois terços superficiais do endométrio são a zona que prolifera, sendo finalmente eliminada a cada ciclo se não houver gravidez. Esta porção do endométrio é conhecida como decídua funcional e é formada por uma zona intermediária profunda (estrato esponjoso) e uma zona compacta superficial (estrato compacto). A decídua basal é a região mais profunda do endométrio que, não apresenta proliferação mensal significativa, mas é fonte de regeneração endometrial após cada menstruação.
a)    Fase proliferativa: por convenção o primeiro dia do sangramento vaginal é denominado o primeiro dia do ciclo menstrual. A fase proliferativa é caracterizada por crescimento mitótico progressivo da decídua funcional diante das quantidades crescentes de estrogênio. Histologicamente, nesta fase, as glândulas endometriais inicialmente retas, estreitas e curtas são transformadas em glândulas mais longas e tortuosas. Seu padrão colunar baixo migra para um padrão pseudo-estratificado, sendo que, isso ocorre antes da ovulação.
b)   Fase secretora: nesta fase a progesterona irá ter atuação predominante e efeito antagonista de estrogênio, o que reduzirá o numero de receptores de estrogênio nas células endometriais. Isso ocasionará uma diminuição da mitose celular induzida pelo estrogênio. Nesta fase ocorre a nítida presença de produtos secretores ricos em proteína eosinofílica na luz glandular.
O estroma da fase secretora permanece inalterado até aproximadamente o 7 dia pós ovulação onde ocorre um aumento progressivo de edema.
c)    Menstruação: na ausência de implantação a secreção glandular cessa e ocorre uma decomposição irregular da decídua funcional. O resultado é a eliminação dessa cama em um processo denominado menstruação. A causa presumida é a involução do corpo lúteo para corpo albicans com queda na produção de estrogênio e progesterona. A falta destes hormônios causa um forte espasmo da artéria espiral que causa isquemia endometrial. Simultaneamente ocorre ruptura dos lisossomos e liberação de enzimas proteolíticas, que promovem destruição local adicional do tecido. Alem disso as prostaglandinas produzidas durante o ciclo aumentam sua concentração durante a menstruação causando vasoconstrição arteriolar adicional e isquemia do endométrio.


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Menstruação



Imagem: Fisiologia - Guyton - Página 1018



Se o óvulo não for fertilizado, cerca de 2 dias antes do final do ciclo mensal, o corpo lúteo no ovário subitamente involui, e a secreção dos hormônios ovarianos diminui. A menstruação é causada pela redução de estrogênio e progesterona, especialmente progesterona, no final do ciclo ovariano mensal. Durante a menstruação normal, aproximadamente 40 mililitros de sangue e 35 mililitros de líquido seroso são eliminados. O líquido menstrual normalmente é não coagulado porque uma fibrinolisina é liberada em conjunto com o material endometrial necrótico.

Quatro a 7 dias após o início da menstruação, a perda de sangue para porque, neste momento, o endométrio já reepitalizou-se.


Desenvolvimento folicular ovariano

É um processo dinâmico que ocorre da menarca até a menopausa. O processo destina-se a permitir o recrutamento mensal de um grupo de folículos e, por fim, a liberação de um único folículo dominante maduro durante a ovulação mensal.

Folículos primordiais
O recrutamento e crescimento iniciais dos folículos primordiais são independentes de gonadotrofina e afetam um grupo durante vários meses. Logo após o recrutamento inicial o FSH assume o controle da diferenciação e do crescimento folicular e permite que um grupo de folículos continue a diferenciação. As primeiras alterações observadas são:
·         Crescimento do ovócito
·         Expansão da única camada de células granulosas foliculares em múltiplas camadas de células cúbicas.
A diminuição da produção de estrogênio, progesterona e inibina-A do ciclo que passou permitem a liberação de FSH que estimulara o crescimento folicular.

Folículo pré-antral
O crescimento continua guiado pelo FSH. O ovócito em crescimento então secreta uma substância denominada zona pelúcida que o separa das células granulosas circundantes (exceto pela junção comunicante). Ocorre a proliferação mitótica continua das células granulosas. Concomitantemente ocorre proliferação das células tecais no estroma que fazem limite com as células granulosas. Os dois tipos celulares tem ação sinérgica, produzindo estrogênio secretado para circulação sistêmica.

-- Teoria das duas células – das duas gonadotrofinas –
Em geral, a maior parte da aromatase (para produção de estrogênio) está nas células granulosas. A atividade da aromatase é promovida pela estimulação de receptores de FSH nas células granulosas. Entretanto, as células granulosas não possuem enzimas que ocorrem mais cedo na via esteroidogênica e exigem androgênios como substratos para aromatização. Os androgênios, por sua vez, são sintetizados principalmente em resposta à estimulação pelo LH, e as células tecais possuem a maioria dos receptores de LH para este estágio. Portanto o LH estimula as células tecais a produzir androgênios (em especial androstenediona), que são transferidos para as células granulosas para aromatização, estimulada pelo FSH, com formação de estrogênios. O estrgênio juntamente com o FSH criam um microambiente favorável ao crescimento e nutrição.


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Folículo pré-ovulatório
Caracterizados por um antro cheio de líquido, composto de plasma com secreções das células granulosas. Neste ponto as células granulosas se diferenciam ainda mais formando uma população heterogênea. O ovócito permanece ligado ao folículo por um pedúnculo de granulosa especializada, conhecido como cumulus oophorus.
Os níveis crescentes de estrogênio possuem um efeito de feedback negativo na secreção de FSH. Inversamente, o LH sofre regulação bifásica pelos estrogênios circulantes. Isso levará a um pico de LH. Concomitante a isso as interações FSH-estrogênio locais no folículo dominante induzem receptores para LH nas células granulosas. Assim a exposição a altos níveis de LH produzem os seguintes efeitos: 1) luteinização das células granulosas, 2) produção de progesterona e 3) ovulação.
Inibinas e ativina
A inibina é secretada pelas células granulosas de duas formas: inibina-A e inibina-B. A primeira é ativa na fase lútea e a segunda na folicular. As duas formas inibem a síntese e a liberação de FSH.
O segundo peptídeo, a ativina, estimula a liberação de FSH e potencializa sua ação no ovário.
Ovulação
O pico de LH promove: aumento das concentrações locais de prostaglandinas e enzimas proteolíticas na parede do folículo. Essas substancias enfraquecem progressivamente a parede do folículo e acabam permitindo que haja uma perfuração com a saída do ovócito.
Fase lútea
Após a ovulação o revestimento flicular remanescente é transformado no regulador primário da fase lútea. O corpo lúteo. Ocorre a produção maciça de progesterona, estrogênio e inibina-A pelas células granulosas. Alem disso ocorre a angiogênese local que permite o lançamento de grande quantidade de hormônios lúteos na circulação sistêmica.

A queda nos níveis de LH causam a involução do corpo lúteo para corpo albicans. Caso ocorra a gravidez o corpo lúteo será mantido pelo HCG placentário mantendo elevado os níveis de progesterona.



Menopausa



Entre 40 e 50 anos de idade, o ciclo sexual geralmente torna-se irregular, e a ovulação muitas vezes não ocorre. Depois de alguns meses a alguns anos, o ciclo para totalmente. O período durante o qual o ciclo para e os hormônios femininos caem a quase zero é denominado menopausa. 



Bibliografia Textual e Imagens:



Tratado de Fisiologia Médica - Guyton - Páginas 996 a 1024.
Fisiologia. Robert M. Berne … [et al.], tradutores Nephtali Segal Grinbaum
Anatomia e Fisiologia - Tortora - Página 524 a 530.

Componentes do Grupo:


Mayara de Oliveira
Angélica
Andressa